BANDAS CAPIXABAS: J3

O rapper brasileiro "Jota3", nascido no Rio de Janeiro e radicado em Vitória - ES, incorpora as funções de MC e compositor, além de ser um instrumentista auto-didata e tem como principal característica a fusão entre o hip-hop, ragga, bossa nova e jungle em seu CD de estréia intitulado "Freestyle" (Lona Records 2003).

Seu estilo livre de rima injeta riqueza rítmica ao hip-hop brazuca. Sua influência roqueira pode ser sentida nos arranjos e nas participações de Formigão (Planet Hemp) e Rodrigo Lima (Dead Fish/Brasil HC), somadas a guitarras faiscantes e cozinha pesada em alguns momentos do disco. Violão, delays, raggas, synths ácidos, barulinhos bons e uma bem vinda inclinação black fornecem uma cama confortável para as melodias contundentes do rapper.

Ao compor ao violão, Jota3 confere harmonias ricas, canções assobiáveis e apelo popular à tradicional verborragia do rap. Oriundo da cena underground brasileira, o músico morou em New Jersey e San Francisco (USA), onde participou de shows de hip-hop e hardcore, e hoje se destaca como uma das revelações locais do gênero.

Além de se dedicar a projetos sociais que levam a cultura hip-hop para as escolas da rede pública da Grande Vitória – ES, Brasil.

Outubro de 2004, o Rapper Jota3 começa seu projeto de divulgação da cultura hip hop em escolas municipais da Grande Vitória no Projeto Escola Aberta. Um projeto do Governo Federal, em parceria com a Unesco, com a finalidade de transformar as escolas públicas, nos finais de semana, em espaços alternativos de apredizagem, lazer e cidadania, com oferta de oficinas e atividades. O programa escola aberta é desenvolvido pelos ministérios da Educação, Trabalho e Emprego, Esporte e Cultura, em parceria com a Unesco, que nos últimos quatro anos acumulou experiência na implantação do "Abrindo Espaços: Educação e Cultura para Paz".

Inicialmente o Rapper Jota3 começa participando do programa Escola Aberta em escolas municipais de Vitória e Vila Velha.

O Rapper Jota3, atualmente o maior nome do rap capixaba e revelação da música local de 2004, tem o objetivo de levar a todas escolas da rede municipal da Grande Vitória, o projeto hip hop nas escolas, para divulgar toda a arte e consciência do maior movimento cultural da atualidade. A cultura hip hop é formada por 4 elementos: MC, BREAK (dança), DJ e GRAFITEIRO. O movimento hip hop tem como filosofia agregar a juventude da periferia das grandes cidades em torno de uma expressão cultural lhe dando voz, através da arte. O movimento tem conseguido afastar jovens da criminalidade e criado ídolos positivos para identificação desses jovens, na medida que seus representantes tem se destacados na produção cultural urbana abrindo um espaço de afirmação cultural para os jovens da mesma origem social. Um movimento que tem grande contribuição a dar para a cultura da paz entre os jovens urbanos.

Com mais de 10 anos de estrada independente , o músico se apresentou nas principais capitais do país e abriu shows de vários artistas de Rap , Reggae e Rock nacionais, como Racionais MC’s , Charlie Brown Jr., Marcelo D2, Gabriel O Pensador, MV Bill , MR. Catra, Negra Li , B.Negão, Black Ali en, Rappin’ Hood, Kamau, MC Marechal ,Ponto de Equilíbrio, Ras Bernardo, Digital Dubs, Adão Negro, Cidade Negra e até do rapper e ator norte-americano Ja Rule, na sua última passagem pelo Brasil em 2008 .

Com 2 discos solo lançados, músicas em trilha sonora de vídeo game (EA Games), participações em coletâneas de grande circulação (Som Livre), como FIFA STREET 2 (Playstation 2 / X-Box), CALDEIRÃO DO HUCK HIP-HOP NACIONAL (CD), COAST 2 COAST Vol.19 (Mixtape EUA) e estrelando comerciais para TV , J3 também apresentou programas de rádio(Soda Black e Capixaba.Com) em uma FM no Espírito Santo durante 2 anos .

DISCOGRAFIA:

(2003) FREESTYLE

Freestyle é o primeiro CD solo do rapper J3. A programação visual do CD é um espetáculo à parte. As fotos são de Apoena Medeiros e Guilherme Dacosta e o design de Leandro Brasil. A direção artística é do próprio J3 e os assistentes de produção foram o DJ Tropesso e Dudu News.

J3 além de interpretar, compôs todas as canções. Algumas sozinho e outras em parceria com Felipe Gama, que aliás tem grande participação no CD: assina a produção musical deste trabalho, com exceção da faixa 05 'Começar de novo' produzida por ele e Paulo Jeveaux; foi um dos técnicos de gravação do CD; e Felipe ainda é um dos músicos participantes junto a Perna, Cidália, Flávia, Maíra, Rodrigo Lima,Formigão, DJ Boneco, DJ Neurose, Luciano Simon, Ricardo 'cacha' Mendes, Alexandre Rosa,Fernando Souza e DJ Gordinho.

O título do CD é um termo muito usado dentro do universo do movimento urbano ou cultura Hip Hop.Freestyle significa 'estilo livre', sendo isto o âmago do CD. J3, que teve sua a origem musical como guitarrista de uma banda de rock, mantém o "estilo livre" em todo o trabalho.

Apesar da mescla enorme de elementos musicais do Hip Hop, Eletronico e Pop, podemos dizer que'Freestyle' se aproxima mais da sonoridade do Hip Hop. As canções têm em suas letras críticas a condição sócio-politicas de nosso povo e falam do cotidiano levando-nos a rápida identificação com as situações expostas. E vai além, apesar do estilo musical do Hip Hop estar bastante difundido e explorado comercialmente, J3 consegue manter a atitude do movimento sem cair na mesmice que encontramos na mídia de massas.

01 – Intro

02 – Muito prazer

03 – Êpa

04 – Freestyle em movimento

05 – Começar de novo

06 – Zero a zero

07 – Olhos da noite

08 - Aleluia (de joelhos irmãos)

09 – Camburi beat

10 – "Crack" na bola

11 - Inveja

12 - Não

http://www.4shared.com/file/b09E5mym/J3_Freestyle.htm

(2006-2009) RAP RASTA

Após 3 anos de intensa pesquisa musical e produção em diversos estúdios e quebradas, o rapper-instrumentista J3 pinta no pedaço com músicas inéditas, parcerias de peso, participação em coletâneas de grande circulação, e com seu novo álbum, "Rap Rasta", que está na boca do forno para ampliar os horizontes desse trovador urbano. A figura desse artista único, com dreadlocks( tranças Rastafári) gigantes e mesclando seus raps com melodias que vão do roots jamaicano à MPB, é um retrato de sua personalidade musical.

Em "Rap Rasta", como o próprio título sugere, J3 agrega influências do local onde reside, a ilha de Vitória (ES), que é considerada uma das capitais brasileiras da música "reggae" . Das influências regionais, incluem-se também tambores de Congo (ritmo folclórico do estado do Espírito Santo), além de um convidado mais do que especial, o paulista RAPPIN HOOD, (um dos maiores nomes do HipHop brasileiro ) que compôs um trecho da letra e também canta na faixa “Rasta Congo” – marco zero da mistura rap/ragga+congo, que conta ainda com as participações dos percusionistas da banda CASACA, sample do antigo Grupo de Congo da Barra do Jucú , e um forte Coro gravado pelas crianças do grupo de Congo Mirim ASAS DE ANDORINHA.
Junte isso à letras espiritualizadas e de alto teor positivo, social e cultural. Já que narram o cotidiano de um cidadão comum brasileiro , que expressa através da arte da rima , o amor , a luta de quem não esquece suas raízes e a resistência de um povo guerreiro . Com vocais ora rapeados, ora cantados, sons de violões (tocados "à vera" pelo próprio J3), scratches (por DJ Ld Fli - que também faz parte do grupo de rap Suspeitos na Mira ) e samples que vão de clássicos da música popular brasileira, como Vinícius de Moraes , Baden Powell, Jorge Ben, Martinho da Vila e Paulinho da Viola, a Afrika Bambaataa (um dos pilares da cultura hip-hop) e Lee Perry ("papa" do dub jamaicano), com direito ainda a coros femininos ao estilo soul-funk , interpretados pelas ótimas cantoras "Idalina Dornelas" e "Daumielle" (também vocalistas da banda Black Set) , e uma versão inusitada da "Furacão 2000" (Rap do Rastafári) .
Uma das faixas do cd Rap Rasta, "Na Areia da Ilha", produzida pelo multi-instrumentista ZEE-LA ( ex. ZÉMARIA) , já está bombando no cd coletânea "Caldeirão do Huck: Hip-Hop Nacional", distribuído pela Som Livre, e que reúne a nata do gênero no Brasil .

Outro destaque desse novo cd, é a música “Rap das 3 Raças”, cuja letra é uma adaptação da música “ Canto das 3 Raças”, interpretada por Clara Nunes em LP de 1976 (cuja base também foi sampleada) e também faz parte da mixtape da revista norte-americana Coast To Coast vol.19.

As demais participações ficam por conta dos MCs do grupo In-versão Brasileira (Shimu e Ciclop) e do DJ Tropesso , além do designer Rafael Horta e do grafiteiro Fredone (FONE), que trabalharam no material gráfico, produzido inteiramente em papel reciclado , com fotos de Carla Osório.

Além de Zee-la , "Rap Rasta" conta ainda com o ótimo trabalho de mixagem e masterização do produtor capixaba Felipe Gama.

01-Rap congo

02-Rap do rastafári

03-Rasta congo

04-A voz da rua

05-Reencontros

06-Contramão

07-Cabeça feita

08-Homem outdoor

09-Rap das 3 raças

10-Família rap rasta

11-Rasta congo (acústico)