quarta-feira, 26 de setembro de 2012

JONATHAN SILVA


Se você um dia sonha em passear numa praça, ouvir uma música deliciosamente misturada, enquanto conversa com pessoas agradáveis, vê crianças e idosos rodopiando esta música e apontando os seus rostos felizes para um público que bate palmas para acompanhar o ritmo, isto já pode ser uma realidade.
Foi na Praça de Eventos do Sesc Vila Mariana que eu presenciei cenas semelhantes enquanto trabalhava e fotografava.
Bem, a música você encontra aqui, hoje, no Macarronada, agora, a praça, as pessoas e um dia feliz, você mesmo já pode começar a ensaiar, fechando os olhos e sentindo a cultura brasileira quase que primitiva resplandecer de dentro de você para qualquer ambiente em que você esteja.
Jonathan Silva é cantor e compositor capixaba. Lançou recentemente o seu primeiro álbum ‘Benedito’. Nele você encontra, congos, cirandas, jongos e ladainhas que nos remete a um clima de interior, da pureza da cultura popular.
Por ele mesmo, “tem um pouco da pegada do congo da minha terra, do Espírito Santo, tem um pouco da pegada do jongo, que eu conheci aqui em São Paulo, ciranda, então tem essa coisa bem forte da cultura tradicional brasileira, mas eu acredito que tem também um pouco do jeito de São Paulo, um pouco dessa coisa que é São Paulo, essa mistura, essa coisa urbana, então as coisas se cruzam nesse trabalho que é o Benedito e essa coisa meio solta, meio louca meio misturada que é São Paulo”. Com Jonathan Silva (Voz e violão), Filpo Ribeiro (rabeca, viola e voz) e Dani Zulu (percussão e voz).
Mas no seu macarrão de hoje você tem molho extra, é mais sabor para o seu prato de domingo. O braço direito de Jonathan Silva, Filpo Ribeiro, o violeiro desta trupe, deixa exclusivamente para a musicoteca, o seu trabalho solo “Pé de Mulambo – Segura essa munganga aí, Menino!” para você leitor que aprecia a verdadeira e diversa música brasileira.


RELEASE DO DISCO “BENEDITO”, DE 2009
Um disco que primasse pela simplicidade. Foi com esse preceito em mente que o capixaba Jonathan Silva produziu o delicado trabalho que acaba de lançar, Benedito, e que apresenta somente nesta terça-feira, 24, no Espaço Cultural É Realizações. Sua vinda a São Paulo há quase dez anos contribuiu para ampliar o leque de músicas populares brasileiras, aquelas conhecidas como músicas de raiz, que agora aborda no novo álbum.
Até então, Jonathan vinha revigorando o ritmo natural de sua terra, o congo (dança de origem africana, que se realiza geralmente na Festa de São Benedito, comemorada em dezembro no Espírito Santo) - o seu primeiro álbum, Necessário, de 1996, foi todo voltado a esse ritmo tradicional. Durante essa quase década vivida na metrópole, o compositor e cantor pôde conhecer mais a fundo outros gêneros que aqui fincaram raiz. "Me surpreendi com a riqueza da música tradicional de São Paulo: além do jongo, me envolvi com a ciranda, com os ritmos nordestinos presentes aqui. E isso só acrescentou ao meu trabalho", diz.
Em Benedito - que conta com a rabeca e a viola caipira de Filpo Ribeiro e percussão de instrumentos capixabas típicos, como o tambor e a casaca (reco-reco de cabeça esculpida) de Dani Zulu -, apenas uma composição não é de autoria de Jonathan. Trata-se de São Pedro e São Miguel, congo tradicional do Espírito Santo, de domínio público. As outras 15 faixas, entre elas, Ciranda para Janaína e Anjo Protetor (compostas em parceria com Kiko Dinucci), já caíram no gosto do público. "Quando tocamos no Ó do Borogodó (casa noturna da Vila Madalena), elas são as mais pedidas."
Assim como o novo disco, o show que o trio mostra na noite desta terça também prima pela simplicidade. No palco, apenas a essência de nossa brasilidade. "Queremos conservar essa vontade de se fazer e ouvir poesia", incita Jonathan. Participam especialmente deste show as cantoras Juçara Marçal, Lilian de Lima e Isla Jai, a flautista Luciana Rizzo e o baterista Gustavo Souza. Caia também na roda.

Fonte:
Texto de Lívia Deodato publicada no jornal O Estado de São Paulo, Caderno 2 – Junho de 2008



INTERNET:
jonathanvix64[@]gmail.com


DISCOGRAFIA:
(2009) BENEDITO
1.Desatadora de Nós
2. Ciranda Pra Janaína
3. Jogo da Manuela / Santo Antânio de Catingeró
4. Anjo Protetor
5. Divino Baião
6. Milone
7. São Pedro e São Miguel
8. Tempestade
9. Papel Sulfite
10. Aquela Coisa Que Doía
11. Encruzilhada
12. Sara Sereia
13. Casaca de Paletó
14. Farra / Amanhã é Dia Santo
15. Ladainha / Jogo de São Benedito
16. Janaína Preta

sábado, 16 de junho de 2012

MANFREDINES



A banda Manfredines é formada por 04 integrantes e desde seu início, em meados de 2006, vem crescendo na cena musical independente, conquistando cada vez mais espaço com músicas próprias que agradam públicos de vários estilos.
Não nos preocupamos em rotular o som que produzimos deixamos que as músicas falem por si mesmas. O que o público pode esperar das nossas canções é algo novo, mas que vai soar familiar, que surpreende porque usa receitas antigas servidas de um jeito que ainda não foi visto. Primando sempre pela qualidade e pela sinceridade levamos alegria e mensagens numa linguagem rica e simples, uma vitamina de emoções cheia de disposição e atitude. 
Já idealizamos e realizamos shows e projetos beneficentes como o “Doe cultura e conhecimento, doe um livro”, onde nos apresentamos gratuitamente no Teatro Municipal de Vila Velha (ES), arrecadando quase 1000 livros que foram doados à Biblioteca do Município.
Agora em 2011 iniciamos uma nova e promissora jornada, participando de festivais e apresentações também fora do Estado. Começando pelo Rio de Janeiro tocando no festival “Revolusom” (mostra de bandas independentes que vem se destacando pelo Brasil) e que acontece em um dos espaços pra shows mais conceituados do País o Teatro Odisséia (Lapa) por onde já passaram dezenas de grandes nomes da música como Los Hermanos, Paralamas do Sucesso, New York Ska Jazz Ensemble, Dicró, Pedro Luís e a Parede, Slackers, entre outros. 
Em conseqüência deste show fomos convidados a participar de outro grande festival que vem ganhando espaço em sua segunda edição, reunindo bandas de todos os estados brasileiros, o Money Festival 2 e após várias eliminatórias chegamos a final que acontece no próximo dia 10 de Dezembro, valendo para o vencedor prêmio em dinheiro e duas apresentações em Córdoba na Argentina. Além desses dois festivais, a Manfredines deu entrevista no programa NÓ, da rádio Roquette Pinto (RJ), tocando ao vivo as músicas da banda, tendo espaço para expor um pouco de nossa arte e de nossa origem para todo o Rio de Janeiro e participou de show especial com o ícone brasileiro da música Jorge Bem Jor no Sarau de Poesia mais famoso do Rio, o Corujão da Poesia e da Música, apadrinhado pelo mesmo e considerado ponto de encontro de inúmeras pessoas influentes da música, TV, Teatro e Literatura do Brasil.


COMPONENTES:
Junior Manfredo: Vocal, Guitarra e Violão 
Christopher Ferreira: Guitarra e Voz 
Heitor Henrique: Bateria e Voz 
Christiano Pignaton: Baixo e Voz 





DISCOGRAFIA:
TREVO DE 4 FOLHAS
01 – Ouvindo Absurdos
02 – Desamor
03 – A Tal razão
04 – Alice
05 – O Trevo de 4 Folhas
06 – O Encanto







SINGLE: Entre o Quarto e a Porta










SINGLE: Silêncio













VÍDEOS:


SITES:



sexta-feira, 20 de abril de 2012

NICE SILVA

Aos 21 anos, Nice Silva estudou até o Ensino Médio, em Guaçuí, mas teve seu primeiro contato com a música em casa, já que seu pai tocava violão, mas não admitia que sua filha aprendesse o instrumento. Ela também lembra que seu contato com a música aconteceu quando foi aluna do Centro de Integração Social (CIS), mantido pela prefeitura, onde fez parte do coral. “No começo, era uma distração”, afirma Nice, que aprendeu a tocar violão, sozinha.

Quando entrou na adolescência, com 16 anos, começou a levar o violão para a rua, para encontrar com amigos e ficar tocando na praça da cidade. Mas não conseguia espaço para tocar nos bares. “Acho que por preconceito, talvez por ser negra e muito pobre, não me deixavam tocar em lugar nenhum”, conta. Mas um dia, indo para casa, com o violão, já de madrugada, o dono de um quiosque fez um desafio para que ela tocasse. “Ele fez por zoação, mas quando comecei a tocar, o pessoal gostou e passei a ter chance de tocar nos barzinhos de Guaçuí”, afirma.

Nice compõe músicas desde os 12 anos, quando começou a tocar violão, e como não possuía rádio em casa, tinha dificuldade para conhecer as músicas que estavam nas paradas de sucesso, o que precisava saber para poder tocar nos bares e em festas, porque o público não queria ouvir apenas suas músicas. “Então, eu tinha que pedir para os meus amigos me mostrarem as músicas e eu poder conhecer as letras e melodias e tocar”, conta.

Depois disso, começou a ser convidada para se apresentar em eventos da prefeitura, tocando para autoridades, como o governador Paulo Hartung, por exemplo. Ela se apresentou também em Vitória, no Teatro Carlos Gomes, e em outros eventos. “Mas o grande primeiro palco que subi para tocar para uma multidão foi no ano passado, no Dia do Trabalhador, no Estádio Municipal de Guaçuí”, destaca.

Cantora e compositora Nice Silvaí, vem de uma família de 11 irmãos, muito humilde, mas que sempre teve ligação com a música. Seu pai tocava violão, um dos motivos para buscar aprender o instrumento, uma irmã canta na igreja, outra canta forró e outros tocam violão também. “E tem até uma que adora cantar pagode, mas na hora em que falo para ela se apresentar, não quer”, conta Nice, que tem um filho de 4 anos e mora sozinha, vivendo de sua música e do salário de servidora municipal, trabalhando no Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

E Nice não se esquece da promessa que fez para si mesma, ao falar que ainda vai comprar uma casa para sua mãe, “com a minha voz”. E a mãe, Maria Conceição Silva, com 60 anos e 60 netos, acredita que ela vai conseguir, apesar de nunca ter sonhado que sua filha iria chegar tão longe. “E ver que ela está conseguindo o que sempre sonhou é muito gratificante, porque já passamos muita fome, somos pessoas simples, e ela merece algo melhor”, afirma dona Maria Conceição, que também sonha com a casa que sua filha prometeu, enquanto apresentava os netos que estavam com ela, na casa de uma de suas filhas, irmã de Nice.

E sua irmã, Concenir da Silva, 30 anos, também admite que não esperava que Nice um dia conseguiria chegar até onde chegou. Mas afirma que, no dia em que ela foi em sua casa, para cantar para ela, no Dia das Mães, se emocionou com a voz da irmã. “E só desejo que ela consiga realizar seu sonho, porque ela merece e minha mãe também, porque ela sempre deu força para a Nice”, afirma. 


O ENCONTRO COM A DUPLA VICTOR & LÉO E O SONHO SE TORNANDO REALIDADE
Com o talento reconhecido em Guaçuí, Nice Silva começou a ter a chance de ser chamada pela prefeitura, sempre que um grande nome da música nacional se apresentava no município. Ela destaca que o prefeito Vagner Rodrigues sempre lhe deu apoio e a colocou para se apresentar nos shows do cantor Daniel e da dupla Gian Giovanni. Mas foi no ano passado, no show da dupla Vitor e Léo, a qual esteve na Festa de Guaçuí, que tudo começou a mudar.

Nice conta que, ao saber da presença da dupla na festa, resolveu compor uma música especialmente para apresentar para os dois. E no dia do show, o prefeito Vagner Rodrigues a colocou dentro do camarim dos artistas, antes da apresentação. Mas ao tentar mostrar a música que tinha composto, começou a ser retirada pelos seguranças. “Aí, era os seguranças me tirando e eu cantando a música, para ver se os dois ouviam”, conta. E deu certo.

Vitor e Léo ficaram impressionados com a voz de Nice e com a sua música. Então, pediram o seu endereço e telefone, mas até aí tudo parecia ser só uma promessa. No entanto, ainda no final do ano passado, eles a convidaram para ir até Uberlândia (MG), mas ela não teve como ir, por falta de recursos. “Achei que tinha perdido a chance”, afirma. Mas Nice não desistiu, conseguiu juntar dinheiro, pediu emprestado e, há dois meses, foi parar em Uberlândia, onde encontrou com o empresário da dupla e foi apresentada à Sony Music, conhecendo vários artistas e sendo registrada como compositora. Foi então que soube que Vitor e Léo iriam gravar sua música no próximo DVD.

GRAVAÇÃO E REVELAÇÃO
Ela, então, foi convidada para participar do ensaio da gravação, e Vitor e Léo disseram que gostaram muito da música e da sua voz, lha comunicando que ela iria participar da gravação do DVD, ao vivo, em Florianópolis. No dia da gravação ganhou um violão de presente do Vitor e encontrou com os artistas que participaram do show. Todos elogiaram muito sua voz e sua música, assim como o público de 200 mil pessoas, que aplaudiu e cantou sua canção. “Tentei não prestar atenção em quantas pessoas estavam me assistindo, para não travar em cima do palco, porque estava muito nervosa”, conta Nice que teve um camarim só para ela, com seu nome na porta, e conversou com Paula Fernandes, Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, Thiaguinho, Pepeu Gomes e Nando Reis. “O Luciano me procurou depois da apresentação para me conhecer, pegou meu telefone e disse que vamos cantar juntos”, revela Nice.

Ela também recebeu a promessa que voltará a ser procurada por Vitor e Léo, e lhe perguntaram se gostaria de ter outras músicas gravadas, podendo acontecer até a gravação de um CD. “Se for para ir, peço a Deus que me guie, porque Ele é que sabe até onde vou, mas vontade de seguir em frente não me falta”, afirma Nice, que é religiosa, faz parte Igreja Comunidade Resgate, de Guaçuí, e onde teve uma revelação. “Uma pessoa da igreja, há muito tempo atrás, disse que teve um sonho em que me via pegando um avião e cantando para uma grande multidão, e o sonho se concretizou”, destaca.


VÍDEOS:
Parece Que Vai Chover Hoje a Noite

Qualquer Lugar

Sem Negar (com a dupla Victor & Léo)


Nice Silva e banda Herança Negra cantando Tim Maia


SITES:



sexta-feira, 16 de março de 2012

PÓ DE ANJO

Pó de Anjo é uma extinta banda de rock Do Espírito Santo dos anos 1980, que - junto com outros bandas, como a Thor e a Combatentes da Cidade - modificou o cenário musical capixaba praticamente fundando o pop rock local. A banda estreou na inauguração da danceteria New Wave, que ficava no bairro Praia do Suá em Vitória, no dia 5 de outubro de 1984 e durou até meados de 1987.
A composição inicial do grupo veio de uma fusão entre as bandas Panzer e Ace, que tinham inicialmente pretensões heavy metal, contava com Juca Magalhães (vocal), Danny Boy (baixo e voz), Léo Caetano, o Caê (guitarra), Chico Valle, o Porquete (bateria) e Mario Gallerani Jr. (teclados). Posteriormente passaram a fazer um som mais afinado ao movimento BRock que na época virou mainstream no Brasil. Em 1985 houve a entrada de Marco Muralha (guitarra) e Luis “Dodão” Bianchi (bateria), quando Caetano e Chico formaram a banda Condomínio Fechado.
Em 13 de março de 1986, o Pó de Anjo chegou ao ápice de sua trajetória, com a apresentação - a primeira vez que uma banda local abriu um show - no palco do Ginásio do Àlvares Cabral, para seis mil pessoas que aguardavam a apresentação de Léo Jaime, a estrela da noite. Ficaram com medo porque nesse mesmo local, a banda Paralamas do Sucesso abrira o show de Jimmy Cliff e fora impiedosamente vaiada. Mas a noite foi um triunfo que repercutiu positivamente na mídia e os catapultou para a fama.
Nessa época a música "Cara Comum" começou a tocar nas rádios e o inesperado sucesso chegou de vez. As principais músicas dessa fase são "Cara Comum", "Inverno" e "Eternamente", entre outras. Em agosto de 1987, ocorreu a última apresentação, na festa da cidade de João Neiva/ES. Apesar da importância para o rock capixaba, 'a banda figurava entre os maiores destaques da música do Espírito Santo' a banda produziu um único disco, o chamado compacto simples da era dos discos de vinil, intitulado Pó de anjo, além de participar da antologia Es Porta Som.
Apesar da dissolução, seus integrantes seguiram, na maioria dos casos, a carreira artística. Danny Boy formou a banda Símios que lançou três discos e um DVD; Gallerani formou a banda Piratas do Asfalto gravando também o disco Estrada do Delírio; Muralha fez parte de bandas como a Inconfidentes Banguelas e foi embora para Santos; Léo Caetano gravou alguns discos solo intrumentais e fez parte de bandas como Condomínio Fechado e Mahnimal. Dodas Bianchi fez parte de inúmeros grupos, toca hoje nas bandas Fermata e Silence Means Death com a qual representou o Brasil no Festival de Wacken em 2010. Juca Magalhães se afastou da música após o brutal crime de mando que vitimou sua mãe, a jornalista Maria Nilce Magalhães, em 05 de julho de 1989.
Em 13 de julho de 2010, Juca Magalhães, Danny Boy e Dodas Bianchi - com João Paulo Santos Neves na guitarra - reuniram-se novamente no palco do Teachter's Pub, para tocar - entre outras - músicas como "Cara Comum" e "Eternamente", no lançamento do romance O Livro do Pó, de Juca Magalhães, considerado o 'rei do pop dos anos 80 capixaba', que conta - de forma romanceada e bem humorada - detalhes da formação da banda e do universo roqueiro do Espírito Santo nos anos oitenta. Juca Magalhães é também autor do livro Da Capo que conta a história de fundação da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo e escreve há três anos o blog cultural A Letra Elektrônica.



DISCOGRAFIA:
(1985) PÓ DE ANJO



















INTERNET:


VÍDEOS:
Cara Comum


Juca Magalhães no programa "FALA ES"

Programa "CLIP 99"

Eternamente

Cara Comum

Inverno

Pó de Anjo - Vídeo nos Anos 80






Documentário "ILHA DO ROCK"