quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

BIG BAT BLUES BAND

Com quase vinte anos de estrada, a Big Bat faz do blues tradicional sua marca registrada. Além de interpretar os grandes nomes como Muddy Waters, John Lee Hooker, Sonny Boy Williamson e Elmore James, a Big Bat também tem seus próprios clássicos. "Não consigo nem mais dormir", "Expresso do Blues" e "Mojo Blues", são apenas algumas das criações da banda que utilizam como base os ensinamentos e os rudimentos melódicos deixados pelos grandes mestres das décadas de 40 e 50 .
Em 2005 e 2006 a Big Bat participou do Festival Internacional de Jazz e Blues, em Rio das Ostras-RJ, tocou em Búzios, no verão, em Brasília, na festa da Bolsa de Valores e, recentemente, fez parte da programação do II Congresso Brasileiro de Oceanografia, que aconteceu no mês de outubro, em Vitória. Como dizia Muddy Waters, pedra que rola não cria limo.
A Big Bat lançou em 2005 seu CD "tododiaédiadeblues" e a banda, que há 12 anos é uma das principais responsáveis por divulgar no Estado o centenário gênero musical nascido no Delta do Mississippi (EUA), tocou no Festival Internacional de Jazz e Blues, em Rio das Ostras - RJ.
Formada por Eugênio Goulart (vocal), César Távora (gaita), Cláudio França (guitarra slide), Marcelo Maia (guitarra), Sandro Costa (baixo) e Herone Fernandes (bateria), a banda aposta nas influências dos ídolos Muddy Waters, John Lee Hooker, Sonny Boy Williamson e Elmore James que estão presentes em todo o CD. Inspirados pela composição melódica de clássicos como "Hoochie Coochie Man" (Muddy Waters) e "Woke up This Morning" (B.B. King), integrantes da banda compuseram as faixas "Não Consigo Nem Mais Dormir", "Expresso do Blues" e "Mojo Blues". Além delas, o público pode perceber influências típicas do roots'n'blues nas músicas que firmam o compromisso de perpetuar as impressões dos grandes mestres do estilo nas décadas de 40 e 50.


COMPONENTES:
Eugênio Goulart – Vocal
Marcelo Maia – guitarra
Claudio França - guitarra
Sandro Costa – baixo
Bruno Zanetti - bateria




DISCOGRAFIA:
(2005) TODO DIA É DIA DE BLUES
Black Jeans
Destino America
Expresso do Blues
Instrumental
Look at Yourself
Mojo Blues
Não consigo nem mais dormir
Naturalmente Blues
Pra voltar ao Blues
Quem
Velho Vagão







DOWNLOAD DO CD:
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/blackjeans.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/destinoamerica.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/expressodoblues.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/instrumental.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/lookatyourself.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/mojoblues.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/naoconsigonemmaisdormir.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/naturalmenteblues.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/pravoltaraoblues.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/quem.mp3
http://www.bigbatbluesband.com.br/mp3/velhovagao.mp3


ENTREVISTAS:
O chapéu para a esmola, o blues na sacola e os pés no chão. Esta frase marca a música Velho Vagão e traduz, um pouco, o verdadeiro espírito blues. Com a idéia de pegar a estrada, ganhar experiência e preservar a sua raiz musical a Big Bat Blues Band é uma daquelas bandas que refletem o significado do próprio estilo. Quando se fala em blues no Espírito Santo, a primeira referência dos críticos é esta banda, que desde 1993 tem a tradição do gueto negro, representado em seu trabalho.
Atualmente a Big Bat Blues Band tem uma formação voltada para a guitarra e possui em seu escrete: Eugênio Goulart, Marcelo Maia, Cláudio França, Sandro Costa e Bruno Zanetti. O vocalista Eugênio concedeu a entrevista para o Blog Deadline7.
A história do blues é rodeada por lendas que envolvem animais, como a do Black Cat Bone e a do Little Red Roostes, mas de onde surgiu o nome Big Bat Blues Band?
O Cláudio tinha um Chevette preto, o primeiro carro que ele comprou, que lembrava um grande morcego. O Big Bat também lembra uma figura noturna, e o blues acontece à noite. Houve um período da banda em que queríamos mudar o nome do grupo, mas Big Bat ficou no inconsciente do público.

Como você e o Cláudio se conheceram e resolveram fazer blues?
Foi em 1991. Trabalhávamos na agência Criativa Propaganda e depois do serviço o Cláudio estacionava o Chevette, o Big Bat, na frente da minha casa para tocarmos o velho blues. Nessa época, o carro era uma figura importante para nós. Uma personalidade. Tanto é que deu nome à banda, futuramente.
Cantar coisas de 1920, 1930 ou 1940 era nossa paixão. Ninguém ouvia isso no rádio, mas, na noite, quando tocávamos, as pessoas viam aquilo e voltavam na outra semana, mesmo sem saber quem era Howlin' Wolf ou Elmore James. Vimos que podia dar certo. Nós gostávamos do som e estávamos agradando, então resolvemos continuar. Tínhamos autenticidade. O Fabinho, do Mahnimal, sempre fala que a Big Bat é uma banda que tem um estilo e é fiel a ele. Cantamos coisas de fora, mas fazemos do nosso jeito.

Em 2003 vocês gravaram o disco TODODIAÉDIADEBLUES e lançaram no ano de 2005. O que a formação que gravou o disco representa para a banda?
A formação com Zé Roberto, Eliezer, Douglas, Cláudio, Cezão e eu representa a concretização de um sonho, que foi a gravação do CD. Durante esse processo destaco a surpreendente bateria de Zé Roberto, que é de se louvar porque, em apenas cinco meses para pegar as músicas, ele não errou e conseguiu fazer um verdadeiro milagre. O Douglas foi responsável pelo arranjo das músicas do disco e o trabalho ficou muito bom. Falar do Cezar é redundante, ele é demais.

E o que você destaca como resultado desse produto?
Ver os jovens cantarem músicas como Black Jens é sensacional. Isso é uma grande recompensa.

A formação que gravou o disco pode ser considerada pertencente de uma fase clássica da banda?
Não sei dizer se foi uma formação clássica, mas ela atuou em uma época em que fizemos coisas importantes. Ganhamos público, gravamos um disco, vivemos o blues.

A Big Bat Blues Band tem um público cativo e durante os anos o número de pessoas que acompanham a banda aumentou, fato que levou a Big Bat para vários lugares. Quais são os melhores momentos que você pode destacar nesses 15 anos?
Nossa apresentação na Feira da Comunidade, na Praça do Papa, em 1998, foi uma das melhores apresentações da Big Bat Blues Band. Outro show que lembro com alegria foi o que fizemos com o gaitista carioca Jefferson Gonçalvez, em 2007. Nessa oportunidade acredito que houve um amadurecimento da banda nos quesitos postura de palco e produção de show. Nós sempre tivemos uma ótima postura nos shows, mas acho que agora conseguimos o profissionalismo.
Não posso deixar de comentar também dois dos melhores momentos da Big Bat, que foi quando nós nos apresentamos no Festival de Blues e Jazz de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Tocamos em 2005 e 2006 e, no último ano, fizemos uma apresentação depois da Prado Blues Band. O Festival tem uma característica importante. Ele nos conecta com diversos bluesmen brasileiros e norte-americanos. Os contatos são ampliados.
Completando os momentos inesquecíveis, em 2005 fizemos um show no Teatro Universitário, na Ufes, para o lançamento do site da banda, em seguida o lançamento do disco, no Ilha Acústico. No ano de 2006 fomos tocar em Brasília e fizemos outro show no teatro, o Tributo ao Chuck Berry. 
A Big Bat Blues Band passou por momentos incríveis e muito disso se deve às amizades que a banda formou durante os anos. O que estamos colhendo agora é fruto desses amigos que fizemos por causa do blues.

Como você analisa a Big Bat nessa nova formação, iniciada em 2007?
A Big Bat hoje está diferente. Demos mais “voz” às guitarras e aproveitamos o tempo para tirar músicas, escutar muito blues tradicional e coisas atuais. Pretendemos sair mais do Estado para tocar. Acho que essa postura de buscar novos palcos é necessária para a banda.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ZÉ MOREIRA

O músico Zé Moreira nasceu em 1965 em Vila Velha/ES e radicado em Vitória/ES. Descendente de negros e italianos cresceu nas redondezas de Paul, Cobilândia e Vila Garrido e passou a adolescência em Jardim da Penha, porém nunca esqueceu de suas raízes suburbanas e sua musicalidade está muito ligada a essa ponte entre o subúrbio e a classe média.
Começou sua carreira aos 16 anos quando foi classificado no V salão do compositor capixaba e a partir daí passou a tocar na noite e em teatros de vitória, sempre colocando a obra autoral como prioridade em sua carreira. Por volta dos 18 anos teve seu primeiro contato com o jazz, estilo pelo qual se apaixonou e transformou em um dos alicerces de sua musicalidade. Tocando guitarra e violão utilizou o jazz – ele próprio gosta de dizer que é uma ferramenta de trabalho – para compor suas canções misturando regionalismo e sofisticação harmônica.
Como guitarrista e violonista tocando na noite de Vitória chamou a atenção do cantor e compositor cachoeirense Sergio Sampaio com o qual se apresentou em diversos shows em Vitória, fez turnê em Brasília e participou do documentário “Cachoeiro em Três Tons”. Além de ter formado uma grande amizade com Sérgio foi um dos últimos músicos a acompanhá-lo antes de sua morte. Após a morte de Sergio Sampaio, Zé Moreira continuou se apresentando na noite de Vitória e estudando o Jazz – como autodidata – de forma cada vez mais intensa, sem deixar de lado a composição que é atividade que até hoje mais lhe dá prazer.
No final dos anos 90 no auge de seu amadurecimento musical Zé Moreira foi convidado a trabalhar como diretor de cultura da prefeitura de Cariacica para uma complicada missão: realizar o tradicional carnaval de congo de Roda D’água. Ele que já tinha uma idéia do congo pelas mãos de parceiros musicais como Jonathan Silva e Zé Antônio, tinha agora a oportunidade de viver e conviver ele próprio com essa cultura tão especial, oportunidade única principalmente por se tratar de Roda D’água um lugar que o difícil acesso preservava e ainda preserva com maior vigor a pureza dessa tradição popular.
Logicamente ele fez jus a essa oportunidade e nas palavras de sua esposa: “se enfiou em Roda D’água” de corpo e alma. Em parceria com o artista e amigo Zuilton realizou, talvez, o carnaval que mais respeitou a cultura do local, estimulando, por exemplo, a criação das primeiras bandas de congo mirins da região. Foram meses de convivência com mestres, congueiros, pessoas da comunidade. Absorveu intensamente aquela atmosfera cultural e por fim compôs uma de suas mais belas canções intitulada Roda D’água.
Já nos anos 2000, após muitos anos de carreira e muitas belas composições no repertório chegava à hora de realizar o sonho de gravar um disco. E no final de 2001, com o incentivo da lei Rubem Braga foi lançado o primeiro disco de Zé Moreira “Feito a Mão”.
Como o próprio nome sugere o disco foi fruto de muito trabalho e dedicação, visto as dificuldades que existem para um artista independente que precisa compor, fazer arranjo, tocar, produzir, divulgar, vender, etc. Mas já de cara o disco começou rendendo bons frutos como a classificação no III Prêmio Visa de Compositores e a admiração de personalidades como o crítico musical Roberto Moura, o pianista Elvius Vilela, e talvez o mais importante: o Baterista e percussionista Robertinho Silva.
 “Não tinha nada pra fazer foi chegando assim, assim…” Assim começa a canção Não Tinha Nada Que – faixa sete do disco Feito a Mão – gravada em versão instrumental primeiramente por Robertinho Silva e Ney Conceição no disco em duo “Jaquedu” e posteriormente pela conceituada cantora francesa Manú Le Prince em seu álbum “Madrugada”. A canção em 5/4 traduz a sonoridade jazzística e regional, tão presente na obra musical de Zé Moreira, que rendeu de cara a admiração de Robertinho Silva e Manú Le Prince.
Em 2009, Zé Moreira em parceria com Robertinho Silva, lançou o seu segundo disco “Padedês de Sararás” também possibilitado pela lei Rubem Braga. Feito em duo com Robertinho Silva o disco já está pronto e se encontra em processo de prensagem e deve ser lançado nos próximos meses. O disco é todo feito de canções de Zé Moreira gravadas apenas por ele nas cordas e Robertinho Silva nas percussões, refletindo bem a continuidade de sua carreira e o tempero mágico de um dos maiores bateristas e percussionistas do mundo.


DISCOGRAFIA:
(2001) FEITO A MÃO
01 – Ladê
02 – Benedito
03 – Mãos Pelos Pés
04 – A Flor da Pele
05 – Brilho da Lama
06 – D’oxum
07 – Faço Luz
08 – Na Boca do Lixa
09 – Não Tinha Nada Que
10 – Nega Ô
11 – Quero Água
12 –Roda D’água






(2009) PADEDÊ DE SARARÁS
Desde que se conheceram, há mais de dez anos, Robertinho Silva e Zé Moreira ensaiam a formação de um duo.
O projeto, realizado em 2009, denominado Padedê de Sararás, une toda sofisticação e experiência emolduradas por uma formação suburbana e, ao mesmo tempo, jazzí­stica, de ambos. Robertinho Silva, músico que, sem dúvida, integra o elementar grupo de artistas brasileiros mais importantes do século XX, demonstra no projeto Padedê de Sararás todo conhecimento instrumental e rí­tmico adquirido no decorrer dos seus 50 anos de carreira e pesquisa musical.
Zé Moreira, um dos compositores, cantores e instrumentistas mais promissores da nova safra de músicos brasileiros, traduz no palco de Padedê de Sararás o contador de histórias, o cancioneiro popular, e transita da viola à guitarra, do samba ao jazz com a mesma naturalidade em que entoa os motes de congo.
No mais novo trabalho do duo, Robertinho Silva assume as baquetas e os tambores, Zé Moreira empunha as guitarras, os violões e os baixos, a mistura promete.


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KÁTIA ROCHA

Kátia Rocha, instrumentista, compositora e intérprete capixaba, tem mais de 10 anos de estrada. Taurina tranqüila, mas que no palco é tomada pela ginga de sua música, Kátia sempre teve um gosto musical bastante eclético que varia de Billy Holyday a Gonzaguinha, de Milton Nascimento a Jethro Tull. Começou a estudar flauta transversa durante o período em que cursava a faculdade de Educação Física e quando seguiu para o Rio de Janeiro, passou a estudar também canto, sax, violão e harmonia. Sua história com o sax já havia começado a alguns anos antes, quando ganhou do pai o instrumento, que a principio lhe pareceu estranho e a moça tratou logo de vendê-lo. Mal sabia ela que o sax se tornaria o instrumento principal no início de sua carreira. 
A cantora começou sua carreira na década de 80 no Rio de Janeiro, onde participou de bandas como o grupo Jogo de Cintura. Em 1992 gravou o primeiro LP, Confusion Jazz Co (instrumental). Em 1996, iniciou a carreira solo como interprete com o CD “Kátia Rocha”, com arranjos feitos por Leandro Braga e participação de Zé Renato, Elisa Lucinda. O trabalho trazia algumas faixas instrumentais e outras cantadas. O lançamento aconteceu no Teatro Carlos Gomes, em Vitória, e contou com a presença do grupo Boca Livre, e também no Mistura Fina e Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro, seguido de uma turnê por todo nordeste no projeto Pixinguinha com o saudoso João Nogueira. A aceitação do público e dos críticos foi muito boa, o que consolidou sua carreira. A partir daí a cantora participou de shows como o CRONNER, em 1999, do renomeado cantor MILTON NASCIMENTO, no Palace (SP), do projeto NOVO CANTO (RJ), em 2001, com Flávio Venturini. No mesmo ano, participou do FESTIVAL DE MÚSICA DA ESPANHA e fez mais de 30 apresentações em Portugal.
Também em 2001, lançou o seu segundo CD: “Brasileira”. A música que dá título ao CD, foi composta por Elisa Lucinda e Leandro Braga exclusivamente para este trabalho, nele também podemos ouvir forró, maracatu, samba e outros ritmos. Neste segundo projeto, houve participações de artistas como Wilson das Neves, Luciana Rabello, Hamilton de Holanda e Marco Pereira. O álbum que valoriza a cultura brasileira, também homenageou o folclore capixaba com a faixa Caiana/ Moça Bonita da banda de congo da Barra do Jucu.
Em 2005, a artista participou do FESTIVAL DE MÚSICA BRASILEIRA EM TENERIFE – ESPANHA, onde dividiu o palco com a cantora Joyce. Em 2006 começou o processo de gravação de seu 3º CD “Ginga”, lançado em 2007.
O novo trabalho traz ótimas surpresas. Entre delas, uma composição sua com André Rocha e Roger Bezerra chamada “SANTO BRASILEIRO” e a belíssima “Casamata” de Nano Viana e Pedro Costa. O álbum também conta boa parte de sua trajetória musical, como mostra o reencontro com a obra de Ricco Duarte, seu parceiro na época do grupo Jogo de Cintura que assina duas das onze faixas do CD, as músicas “Caído de Quatro” e “Fez que não me viu”. Assim, Kátia Rocha mostra ao que veio. 
No ano de 2011, a cantora Kátia Rocha lançou o CD “HOJE O SAMBA SAIU”.



DISCOGRAFIA:
(1992) CONFUSION JAZZ CO (instrumental)
1 Bagdad café 
2 Corolário
3
Pich fall
4
Décima primeira
5
Música e palavras
6
O outro lado da parede
7
Soltar-se por aí
8
Começaria tudo outra vez nº 2










(1996) KÁTIA ROCHA
1 Presente do cotidiano 
2 Seu olhar
3
Estranho convite
4
Espírito santinho
5
She's leaving home
6
Invitation
7
Passeios na ilha
8
Capixaba
9
Fica melhor assim
10
Canção do amanhecer








(2001) BRASILEIRA
Vinda do Espírito Santo, Katia Rocha arrisca a sorte como cantora e compositora (mais a primeira que a segunda) em seu segundo álbum,Brasileira, CD autobancado. Gozando de prestígio junto a medalhões como Milton Nascimento e Flávio Venturini, ela tenta se destacar no concorrido cenário de cantoras-compositoras na MPB deste começo de terceiro milênio. Para tanto, ela conta com belo timbre vocal e o apoio precioso de seus amigos, como Sérgio Natureza (que cedeu três canções ao álbum, uma delas, Porfia, em parceria com Lenine) e o Boca Livre (Zé Renato e Maurício Maestro cantam com ela na faixa-título). Na contramão de seu talento, a cantora de voz firme sofre um pouco com arranjos que às vezes beiram o "qualquer nota", quase banalizando seus esforços.
A bem da verdade, Katia só assina uma das músicas do disco (a quase bossa nova Central Park, em parceria com a poetisa performática Elisa Lucinda). O resto do repertório vem de inéditas e de uma ou outra regravação - que acabam pecando pela obviedade. Caso de A Seta e o Alvo, de Paulinho Moska, em uma versão redimida pela sutileza com que é apresentada. No entanto, para a escolha de Paula e Bebeto (Milton Nascimento e Caetano Veloso) não há atenuantes, ainda existe o agravante de vir num arranjo plastificado, burocrático. Como recriadora, Katia logra mais êxito ao apelar para as raízes. Ela recupera o folclore capixaba em Caiana/Moça Bonita, inspirada no ritmo das congadas. A canção ganhou uma embalagem bem a contento, vibrante. Há mais pé-no-chão em Mané Gardino, samba "forrózado" vindo direto da roça, com batida contagiante e letra malandra (além de um bom trabalho de Jamil Joanes no baixo).
Das faixas inéditas, um destaque tem de ser dado para o sambinha Minha Ilha, bem caprichado com a ajuda providencial de Wilson das Neves na bateria (e no "laiá-laiá" transbordando de autenticidade). A cantora fecha o álbum com a sinuosa balada Um Breve Adeus, movida basicamente a piano, voz e uma discreta e sutil percussão. E é assim, recorrendo ao básico, que Katia Rocha consegue melhores resultados. Um disco que impressiona pouco, mas que já deixa transparecer a personalidade da cantora - que ainda pode render bons frutos mais adiante.
1 Brasileira
2
Porfia
3
Caiana / Moça bonita (Banda de Congo da Barra do Jucú)
4
Paula e Bebeto
5
A seta e o alvo
6
Tez
7
Minha ilha
8
Central Park
9
Mané Gardino
10
Um breve adeus (Rara impressão)

(2007) GINGA


















(2011) HOJE O SAMBA SAIU


















CONTATO:
(27) 9963-5652
(27) 3026-0051


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ZÉ ANTÔNIO

José Antônio P. Monteiro, Zé Antônio ou ainda Tio Zé como é chamado pelas crianças, é capixaba, violonista, compositor e produtor musical, atuando em áreas distintas da arte no Espírito Santo. Musicou e fez a direção musical de diversas peças de teatro como "Ed Wilson O Bandido da Luz de Néon” com o "Grupo Ponto de Partida", "Auto de Frei Pedro Palácios” com o "Grupo Sol da Terra" (em cartaz por mais de 20 anos em Vila Velha), "História do Boi Tungão” com o "Grupo de Teatro Trupe Mecena", “Projeto Fuente Ovejuna” com o “Grupo Movimento, Barra, Clio, Ventania”. Em 1978 formou com junto com alguns amigos seu primeiro grupo musical "SAGRADA FAMÍLIA" com Francisco José (Chico Prado) no banjo , Mario Afonso III (flautas) e Darlisson Corrêa (Fon- Fon) ( Voz ) se apresentando em festivais universitários.
Na década de 80, fez parte do grupo musical "Roça de Milho" composto por Rodney d ' Assis (percussão), Darlisson Corrêa (voz e violão), Fábio Teixeira (voz e violão) e na segunda formação com Cezar Almeida (bandolim e bandola) e Paulo Netto (voz e percussão) e Ernesto Pachito (flautas), com temas autorais onde músicas e direcionados. Fez parte ainda de grupos de música e com formações como estilos diversos, só com o “ARTRAMA”, músicos Zé Moreira (guitarra e violão) e Salsa (sax e clarinete), jazz tocando estandart e músicas autorais, "Grupo JADE" de música instrumental, com Wantui Perim (bateria), Carlos Ferruth (baixo) e Katia Rocha (sax e flauta), e com o músico e baixista Djalma Pestana (1991), músico em bares da noite.
Foi como o Cochicho da Penha, Bar Beco, o Mistura Fina, Voz e Violão e Santé do Vitória Palace Hotel, dividindo como noites musicais com músicos de renome nacional como Tavinho Moura, Fernando Brant, Lô Borges e abrindo shows de músicos importantes como Milton Nascimento. Com seu parceiro Rodney d' Assis, numa Europa e parte passa cerca de 4 anos trocando experiências com músicos africanos, europeus e brasileiros tocando e cantando música brasileira. Junto ao "Sonia Meziat Trio os " Músicos com Ivan Meyer (sax), com Eva e Gancedo (teclado), e Grupo " QUIZUMBA " pela Espanha e Algarve (Portugal).
De volta ao Brasil, cria e produz uma infinidade de jingles alcançando o " Prêmio Colibri de Publicidade com "Espírito Santo, Terra do Beija-flor" e "Espírito Santo, Terra da Gente", trabalhou como oficineiro de música por 10 anos, não CPTT/PMV atendendo na recuperação de dependentes químicos , e como professor de musicalização. Formação da Banda de Congo da APAE/Vitória-ES, de fez direção musical em Cd's músicos capixabas como: Fábio Pimentel CD "Partido" , CD "Semelhança" do Grupo Semelhança, CD "Jesus, em ó Evangelho Canções " de Francisco Venturelli Zanon , CD "Feito Uma Mão" de Zé Moreira, CD "Vital Ser Feliz é" de Tribo Nascimento, CD "Opereta Cabocla" Banda de Congo da Barra do Jucu, CD "Banda de Congo Amores da Lua 50 anos ", CD " Brincar o Congo Não Espírito Santo" da Banda de Congo Panela de Barro de Goiabeiras" e CD "O Canto da Alma " da Associação de Bandas de Conga da Serra, musicou o Livro "O Cavaleiro Alumioso" de Marcus Nicodemos Cysne , e dez músicas de artistas sua autoria gravadas como Ester Mazzi "Notícias de Paris", Danilo Diniz CD "De Frente pro Mar " , Marcela Lobo CD "Dossiê", Fafi Via Cd's 1993-1994, o Grupo IMA, do CD "Todo dia É dia de Blues "Big Bat Blues faixa , o CD " Atmosfera Clara "Denise Pontes , Cd " coletânea Ilha em Movimento " / ES , Cd " Namorado do Brasil, coletânea de Madrid- Espanha Outros , entre . Em 1996, começa mais direcionado do trabalho ao em fase mercado de música infantil, criando musicas de cunho educativo e lança quatro anos depois, o seu primeiro CD solo infantil " Brincando no Jardim de Infância ", 2000 , logo depois, o CD " VEM CANTAR COM A GENTE , e de Lançamento o CD " Serelepe ". 
Com Uma Apresentação de Seu trabalho " QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA " vem fazendo palestras e capacitando professores da Rede Pública em municípios como Colatina , São Roque do Canaã , Boa Esperança, Iconha , Irupi , Pinheiros , Vila Domingos Martins Velha , no Espírito Santo , utilizando a música em sala de aula como instrumento de aprendizagem e comportamento. É professor na Babylandia CEI, CEI Leão Marinho e Oficina de Artes Vitória.  


DISCOGRAFIA:
(2000) BRINCANDO NO JARDIM DE INFÂNCIA












(2008) VEM CANTAR COM A GENTE












(2010) SERELEPE













CONTATO:


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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

DENNISE PONTES

Dennise Pontes é cantora, percussionista e compositora. Há 18 anos ela começou tocando na noite capixaba, depois participou do quarteto feminino Miss em Scène e, em 99, lançou seu primeiro trabalho na carreira solo, buscando mais a sua identidade.
"Eu falo que o meu trabalho é MPopBSamba, uma mistura das coisas que eu fiz na minha música. MPB, samba e o pop, que é no sentido do folclore, uma linguagem que pode estar numa música de um outro país, esse encontro que vai dar uma harmonia", define.
Em 2005, surge o segundo CD intitulado de "Dennise Pontes", lançado em outubro de 2005, no Teatro Glória, em Vitória, a cantora capixaba aparece como compositora em doze das treze faixas. "O meu primeiro trabalho começou com o ar e nesse eu busquei muito o fogo, a terra, a água, fazendo uma junção dos quatro elementos. Eu acho que é um disco que marca uma identidade mesmo, que busca esse elo entre eu e meu público", explica.
Esse meio tempo entre o lançamento do primeiro CD, "Atmosfera Clara", em 1999, e o disco de 2005, Dennise passou estudando, fazendo composições, elaborando o novo trabalho, ao mesmo tempo em que captava recursos para viabilizá-lo e cantava pelo Estado e fora com "Atmosfera Clara". Entre gravação, escolha de repertório e arranjos, junto com o produtor, Amaro Lima, passou um ano. 
"Mexendo mesmo com os elementos, eu estava a fim de saber um pouco dessa coisa dos sentimentos humanos, mas buscar isso na natureza, nos arquétipos. De uma forma geral, falar dos sentimentos humanos de forma que eu possa ter esse encanto com o meu público. Tem as comparações, que eu acho completamente tranqüilas e naturais, porque a gente acaba tendo as referências", fala.
Dennise Pontes busca inspiração para o seu trabalho na Bossa Nova, Tom Jobim, João Bosco, Djavan, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Noel Rosa, Cartola, Monsuelo, samba de raiz e alguma coisa de folclore também. "Eu faço uma música que é diferente, criada por mim, até porque a gente é único, e eu nem quero fazer igual. Eu acho até que tem linhas que você vai achar legal, mas aquilo ali você vai transformar, tem que ter criatividade para está podendo fazer um outro, ser vanguarda", pensa.
Em "Dennise Pontes" a cantora fala de outros países e de outros povos, uma coisa que a fascina. "Eu escuto muita música do mundo inteiro, e obviamente que a gente tem essa coisa de estar captando, estar entendendo a cultura, a geografia. Tem uma música que eu canto em espanhol, que veio quando eu estava fazendo a letra, e de repente eu falei 'eu quero fazer isso aqui em espanhol'. Eu não sabia espanhol, mas eu fiz mais ou menos e fui estudar, fui buscar com uma professora, entender o que era. Isso agrega na minha musicalidade, na minha forma de ter um pouco mais de sensibilidade, abrir minha cabeça para a cultura, para destituir do preconceito", acredita.
Outra referência extramusical que ela faz logo na primeira faixa do disco é ao pintor Monet, por quem ela se diz apaixonada, por sua alegria e suavidade.
Pintura, personalidades, o contexto de uma obra, arquitetura, literatura. A gente pode usar de todas as informações na música. Eu tenho uma música que fala de Clarice Linspector, por exemplo. O ser humano de uma forma geral. De repente um cara que está vendendo o quebra-queixo, batendo aquela rodinha, eu acho aquilo ali impressionante, aquilo ali para mim é um musical", diz.
A relação de Dennise com a música começou cedo, em casa, com a mãe que tocava piano, a avó tocando violino e piano e outros familiares sempre cercados dessa atmosfera. O início da carreira na noite ao lado da cantora Waleska Santos foi um busca pela identidade. Tocando de tudo um pouco ela pôde conhecer e aprender para estar fazendo a própria música.
"Quando eu comecei foi tocando em barzinho, tocava muita coisa e eu acho que foi muito importante para desenvolver a musicalidade. A noite ajuda bastante. Primeiro porque eu não sabia nem pegar no microfone direito. Tudo é medo, você entra para um campo profissional, você começa a ter uma experiência. Quando eu fui trabalhar em barzinho eu fui cantar para atingir exatamente a minha identidade. Eu quero que as pessoas vão lá assistir ao meu show, porque não vai estar lá assistindo Zélia Duncan ou Marisa Monte.
Eu adoro elas, mas elas já têm o trabalho delas, eu estou fazendo o meu, o meu trabalho", lembra. 
Dennise lembra do Miss em Scène, grupo com o qual chegou a lançar dois discos entre 1992 e 1997, ao lado de Kátia Brinco, Simone Itaboray e Daniela Moraes, e recebeu o Prêmio Guananira, em 1997, na categoria de melhor intérprete, como uma experiência boa, mas onde era preciso dividir o trabalho com mais três pessoas. "Eu não fazia um trabalho eu mesma, não que não fosse eu também, mas eu queria ter mais liberdade e eu parti mesmo para uma coisa de mais identidade. Essa coisa mesmo de ser senhora do meu trabalho. Nessa questão da criação existe um processo meio que solitário, uma solidão muito boa. Eu preciso dessa solidão, inclusive, para está compondo".
Ela reconhece que algumas mudanças foram acontecendo com o tempo de experiência, coisas positivas para o seu trabalho. "Na verdade eu fui amadurecendo como cantora, como compositora, eu acho que não foi uma coisa assim, fiz, já fui e estou aqui, não. Eu acho que foi uma coisa de labuta, de disciplina, de conhecimento, de estrada. A própria andança da gente, eu já fui pra outros lugares e isso me deu uma bagagem de vida, e isso com certeza tem na minha música. Não que seja uma autobiografia, é claro".
Para Dennise, a cena musical capixaba tem evoluído e as pessoas têm dado mais abertura à música. "Queria que o Espírito Santo pudesse ter essa abertura maior para a gente que faz música, porque a gente precisa de grana, a gente precisa de um incentivo, e isso requer todo um investimento", lembra. "As rádios estão começando a dar abertura, mas eu acho que pode ser mais.
Precisa abrir centros culturais, abrir casas de show, mas o Estado e a prefeitura têm feito muita coisa de programação de eventos, mas entretenimento e cultura nunca são demais. Para o povo é sempre uma fonte de informação, de abertura, de coisas boas, para as pessoas abrirem a cabeça, crescerem. E para botar o capixaba mesmo para está discutindo, para está avaliando, tendo o discernimento do que é joio e do que é trigo, o que você gosta e o q você não gosta também", fala.


DISCOGRAFIA:
(1999) ATMOSFERA CLARA
Gravado no Le Boot Estúdio, em São Carlos (SP), e mixado no estúdio Hit (Rio), Atmosfera Clarateve apoio da Lei Rubem Braga e Companhia Vale do Rio Doce.
01-Atmosfera Clara
02-Antigüidades
03-Som dos Ventos
04-Marginal
05-Tapete Mágico
06-Menino
07-Confraria
08-Kiki
09-Me Deixe Em Paz
10-Caixa Forte
11-40 Anos de Banho de Mar
Bônus Track
12-40 Anos de Banho de Mar

(2005) DENISSE PONTES
Em "Música Lírica", primeira faixa de seu mais recente disco, Dennise amplia as referências e cita Monet. A letra, como aparece em todo o restante do álbum, vira apenas mero coadjuvante, mais um arranjo de produção. "Na boca louca / beijo boca louca", escreve e canta Dennise sem maiores complicações.
O excelente timbre do violão de Felipe Novaes não chega a ser prejudicado pelos clichês nos arranjos da percussão, como pau-de-chuva na primeira faixa, que anuncia mudança no estágio da música.
Porém, há casamento quase perfeito entre violões e percussão grave em "Encruzilhada", numa costura dita, inclusive, no nome da canção. Porém, o exagero volta a aparecer no ilustrar pela percussão quando Dennise canta que "Tocou pandeiro até ficar com a mão inchada". Ao fundo, o som do instrumento já "ilustrado" pela letra.
No disco, Dennise evoca nações e santos. O lado bucólico por vezes flerta com a programação eletrônica e arranha na demorada vocalização de abertura de "Tempestade Vai". Tantas referências em instrumentos e identidades justificam o samba "Ando Bem". O disco parece enunciar a existência do gênero, perdido entre as 13 músicas. Um samba-soul com válido jogo vocal.
A percussão volta a querer criar uma ambientação, que é desnecessária, na música "Toda Chuva". A idéia se concentra na letra e não precisa ser extrapolada literalmente pelos instrumentos. A mesma produção acerta na cadência da faixa 6, um funk sem exagero e caricaturas na levada musical, sendo suavizado pelo pandeiro meia-luz.
"Corazón Arrebatador", uma das melhores faixas do disco, apresenta uma bela vocalização, com suaves e bem colocadas passagens entre os pedaços que compõem a música. O torto espanhol no final da letra não compromete o resultado final da faixa, dando um charme à obra, finalizada por um consistente solo de violão, que é surpreendido pela força da música seguinte, "Através de Você".
Em determinados momentos, o silêncio se faz necessário e a percussão acaba com certos momentos de reflexão, como os insistentes solos entre o cantar no início de "O Mundo Gira". A quebra de continuação rítmica também se dá em "Seu Olhar" e nos bem-situados contratempos de "Não Se Pode Fugir do Amor". Para encerrar o disco, a balada "Tanto Tempo", a fazer sucesso em apresentações intimistas. Novamente Dennise se amarra ao literal em suas letras, não deixando que o mistério conquiste o ouvinte. Tudo aparece muito às claras em termos de letra e arranjo. 
01-Música Lírica
02-Na boca louca / beijo boca louca
03-Encruzilhada
04-Tempestade Vai
05-Ando Bem
06-Instrumental
07-Toda Chuva
08-Corazón Arrebatador
09-Através de Você
10-O Mundo Gira
11-Seu Olhar
12-Não Se Pode Fugir do Amor
13-Tanto Tempo


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