segunda-feira, 16 de maio de 2011

CARLOS PAPEL

Filho de Antonio Rodrigues Moço e Carolina Ricarda dos Santos Moço, Antonio Carlos dos Santos Moço ficou conhecido como CARLOS PAPEL. Nascido em 29 de março de 1952, no Rio de Janeiro, veio para Vitória em 1981 para participar de um Festival de Música no Salesiano, se apaixonou pela cidade e ficou no Espírito Santo.
O artista já tem em toda sua carreira oito álbuns gravados: Grupo Fazenda Modelo (1976), LP Terra Boa/CBS; Compacto Simples (1978), Carreira Solo/CBS; Compacto Duplo (1981), Independente; LP Liberado (1985), 3M; O Vôo das Tartarugas (1994), Velas; Pinóquio e o Menino (1995), Trilha Peça/Independente; Coletânea (2002), Independente; Fora do Eixo (2011), Independente.

CARREIRA:
Carlos Papel é compositor, violonista e cantor. Nascido em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, começou a carreira aos 13 anos. O primeiro disco veio dez anos depois, com o conjunto "Fazenda Modelo", tendo em seguida gravado um compacto simples, já em carreira solo, ambos na gravadora CBS.
Em parceria com Beto Prado, compôs a trilha sonora do filme "Os três palhaços e o menino", estrelado pelo comediante Ari Leite e pela atriz Rosana Garcia. No ano de 1981, Papel mudou-se para o Espírito Santo quando venceu o II Festival de Música Popular Capixaba, realizado peça Rede Gazeta, com a música "Pôr do Sol".
Em 1985, representou o Espírito Santo no Festival dos Festivais realizado pela Rede Globo, o que lhe rendeu um contrato com a gravadora 3M, lançando em 1987 o LP "Liberado".
Em 1994 foi lançado o CD "O Vôo das Tartarugas". Um trabalho apurado, feito por Vinícius Teixeira (Tela Viva), resultou na confecção do DVD homônimo, a partir de um show gravado no bar "Picadeiro", em Jardim da Penha, em 1995.
Todas as 15 músicas do CD estão presentes no show que foi dirigido por Clovis Rosa. Entre outras canções, "Sol da manhã", que Papel interpretou no "Festival dos Festivais", realizado pela TV Globo em 1985, quando representou o Espírito Santo.
"O DVD foi feito com um esmero imenso. Na época, levou-se o estúdio de áudio lá para dentro do local, foram usadas cinco câmeras, juntou todo o equipamento que se tinha na época. Tem coro com vários músicos aqui do Estado, como a Kátia Brinco, a participação do Saulo Simonassi e do Queiroz, do Manimal, entre outros. A sonoridade está muito legal. Quem tem o disco vai gostar de ter o DVD", diz Carlos Papel.
A princípio o DVD, que foi feito de forma independente, com ajuda de amigos do cantor, vai ser lançado em pequena quantidade. O compositor escolheu o dia de seu aniversário para o lançamento deste DVD. Logo após a exibição deste trabalho em um telão, Carlos Papel vai fazer um show acompanhado da banda "Aquijazz", que vem ensaiando exaustivamente para a gravação de um novo CD e DVD "ao vivo", com canções inéditas, que pretendem que seja realizado na "Fafi", ainda sem data confirmada. 
Carlos Papel conta que esse trabalho que ele vem preparando traz uma proposta nova, com uma linguagem diferente dos anteriores. "O 'Vôo das Tartarugas' era mais ecológico, esse é mais Espírito Santo, falando das paneleiras, da moqueca. Mistura funk, pop rock, samba. O conteúdo das letras tem um segmento do 'Vôo das Tartarugas', falando do social, do ecológico também, mas grande parte falando das coisas do Estado, coisas mais alegres e porradas também", conta.
Papel pretende gravar ao vivo na Fafi para que fique um trabalho mais humano e emocional. Nesse novo disco ele está dispensando o contato com as gravadoras. "Hoje você pode voar sozinho. A internet é a alternativa hoje. As gravadoras não estão pagando nada para ninguém. No ´Vôo das Tartarugas' eu vendia o disco nos shows também e foi muito mais vantajoso do que um contrato com gravadora", explica Papel.

Também no teatro, Papel deixou suas marcas. Em 1995, compôs a trilha sonora da peça teatral "Pinóquio, o Menino", que teve a direção de Vera Viana e Rogério Fóes. Compôs também a trilha sonora da peça "O Boom da Poluição", de Milson Henriques. 
Por seu trabalho e personalidade, Papel transita com desenvoltura no meio cultural, respeito adquirido por suas investidas em trilhas para peças de teatro e cinema, jingles, e além de ser um dos compositores mais gravados no Espírito Santo, por artistas de todas as gerações.
Carlos Papel ficou 15 anos sem entrar em um estúdio. Quando retomou a carreira e voltou a gravar, em 2008, queria fazer algo diferente, que juntasse sua experiência adquirida em 58 anos de vida e nos mais de 40 dedicados à música. Nasceu, então, "Fora do Eixo", 11º álbum da discografia. E as referências colhidas das participações em festivais de música, das bandas de baile que ele comandou, da música internacional, da Jovem Guarda, de Mutantes e do rock progressivo, de Chico Buarque e Taiguara permeiam as 13 faixas - a maioria inédita - que constam neste novo trabalho. Há uma releitura, a de "Chão de Estrelas", de Silvio Caldas e Orestes Barbosa. Papel reuniu então as músicas que gostaria de registrar, um time impecável de músicos e foi para o estúdio. Foram três anos de gravações, parte delas em Vila Velha, no estúdio Zero DB, e em Vitória, no Cores Vivas, mas, também, em Curitiba, com a Orquestra de lá, onde Papel gravou a música "Canção à Bandeira do Espírito Santo". 
"Fora do Eixo" tem mesmo um clima de redescoberta e de desbravamento, a começar pela capa, que traz fotos de Humberto Capai e mosaicos de Celso Adolfo que representam o mapa do Espírito Santo do século XVI, com direito a caravelas. Isso revela muito do conceito do disco. 
"A gente tem que ter conhecimento sobre a nossa história. O Espírito Santo é imenso, mas às vezes se porta como miniatura. Discuto isso de maneira provocativa. Tem música sobre os novos tempos, como”Descanse em Paz”, sobre o fato de acharmos que o nosso Estado não é grande o suficiente, “Complexo de Inferioridade”. E o lado bom, como “Olhar do Litoral”, que festeja as praias capixabas", enumera Papel. 
"A inspiração trazida pelo cotidiano para mim é muito mais importante na hora de fazer uma música. Fui metalúrgico e, muitas vezes, o barulho da fábrica me ajudava a compor", completa. 

GRUPO FAZENDA MODELO:
" Terra Boa" (CBS, 137949, setembro/76) temos um novo grupo vocal-instrumental, o Fazenda Modelo, que embora a respeito do qual não se disponha até o momento (21/09/76) maiores informações, pode se afirmar de se tratar de brasileirissimos jovens, preocupados em valorizar a autêntica forma de canção rural brasileira, tão marginalizada pelas ditas elites brasileiras, para expressar as suas criações. Com exceção do sucesso do cearense Ednardo ("Pavão Mysteriozo") e de uma longa reverência a Luiz Gonzaga, com a inclusão de trechos rápidos de 11 de seus maiores sucessos (" Asa Branca", " Chofer de Praça", " 17 e 700", " Baião", " Embalança", " Calango da Lacraia", Derramando o Gas", " Forró no Escuro", " Siri Jogando Bola", " A Volta da Asa Branca" e " Assum Preto"), todas as demais composições são dos próprios integrantes do Fazenda Modelo. Que, dão um exemplo de "country": ao invés de simíescas imitações dos caipiras de Nashville & adjacências (válidos, mas para a realidade americana), Beto Prado (violão, baixo, viola de 12 e 10 cordas, guitarra e harmônica), Carlos Papel (violão, vocal), João Guimarães (bateria, percussão), Preguinho (percussão) e Kátia (vocal/ Percussão) mergulham em nossa realidade cabocla, retirando da temática rural os temas para 11 músicas da maior força. Pode-se gostar ou não das músicas apresentadas pela Fazenda Modelo, mas é inegável a honestidade e sentido de amor a cultura popular, sem macaquices , assumindo o canto do povo do Interior, presente em faixas como "Roça", "Cambori", "Terra Boa", "Véio Chico" , "Cumpadre Mané Vito" e, principalmente, "Sete Léguas". Num momento que a música rural brasileira necessita, urgentemente, uma revisão, o trabalho do deste septeto nos parece da maior honestidade e oportunidade. E o elepe em que são apresentados já mostra os bons ventos que começam a soprar na CBS , com a contratação de Jairo Pires para sua direção artista : uma detalhada contracapa, produção esmerada, valorizada pela participação de quatro excelentes músicos - Copinha e Jorginho nas flautas; Waltel Branco na guitarra havaiana e Moacir Freitas no oboé . Waltel e Orlando Silveira, alias, são os responsáveis pelos arranjos das faixas "Pavão Mysteriozo" e "Obrigado, Luiz Gonzaga", enquanto que as demais ficaram a cargo dos próprios integrantes da Fazenda Modelo.


DISCOGRAFIA:
(1976) GRUPO FAZENDA MODELO – “Terra Boa”
1.Roça
2. Olivia
3. Camburi
4. Terra Boa
5. Pavão Mysteriozo
6. Mensagem do Barão
7. Véio Chico
8. Rio Manso
9. Inda To Longe
10. Cumpadre Mané Vito
11. Sete Léguas
12. ''Obrigado Luis Gonzaga''
Asa Branca/Chofer de Praça/Dezessete e Setecentos/Baião/Embalança/Calango da Lacraia/Derramaro o Gai/Forró no Escuro/Siri Jogando Bola/A Volta da Asa Branca/Assum Preto


(1978) COMPACTO SIMPLES 
    
















(1981) COMPACTO DUPLO

(1985) LIBERADO














(1994) O VÔO DAS TARTARUGAS











(1995) PINÓQUIO E O MENINO

(2002) COLETÂNEA

(2011) FORA DO EIXO
1.100% 
2. Olhar de litoral 
3. Tapete mágico 
4. Alakarte 
5. Ladeira 
6. Versos de algibeira 
7. Lua e libido 
8. Vitria 
9. Chão de estrelas 
10. Descanse em paz 
11. Telenet 
12. Fora do eixo 
13. Canção bandeira do Espírito Santo 




MÚSICAS:
Sol da Manhã


VIDEOGRAFIA:
(1995) O VÔO DAS TARTARUGAS AO VIVO
















SITES:

3 comentários:

  1. Conheci o trabalho do Carlos Papel em 1995, quando comprei o CD O Vôo das Tartarugas, de lá pra cá, sempre venho escutando esse artista.Agora fiquei sabendo que fará uma participação especial no CD do meu filho , Fábio Pinel, cantando a música Você Vai Ver, música que Fábio fez para a letra que eu o enviei. Gostei muito de saber da participação de Papel nessa música.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Carlos Papel é foda!! A música Liberado é um grande hit perdido dos anos oitenta!! Ele foi no clube do Bolinha, mas creio que não bastou. A gravadora haveria de injetar mais grana no jabá. Liberado é uma balada pop linda e sem dúvidas, um potencial hit de massas... Que era pra tocar até no rádio do ribeirinho perdido nos confins da Amazônia. Mas no Brasil não basta ser bom, tem que pagar ou ser amigo do cara do produtor da novela... Mas hoje taí nos estream pra quem quiser ouvir esse poderoso hit que não foi.

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