segunda-feira, 19 de maio de 2014

CASACA

Formado em janeiro de 2000, em Vila Velha, no Espírito Santo, com ex-integrantes do grupo “Kalangocongo” (cujo estilo musical era voltado para o forró pé-de-serra), durante uma roda de congo, na Barra do Jucu, o Casaca é basicamente um grupo de pop-rock regional. Os integrantes perceberam que era aquele som que eles buscavam, e não o ritmo meio nordestino da antiga banda. Seu surgimento tinha como objetivo divulgar a cultura capixaba. A maioria de seus integrantes já conhecia o congo, pois participavam quando crianças de um projeto chamado "Congo Mirim", com o objetivo de divulgar e preservar o ritmo capixaba.
A banda está localizada na Barra do Jucu, praia de Vila Velha, Espírito Santo, Brasil. Um balneário que ainda preserva o estilo rústico das aldeias de pescadores. Ponto de encontro de surfistas, localizado entre a capital Vitória e o balneário de Guarapari, é um lugar onde rio e mar se encontram.
Com seis meses incompletos lançaram o seu primeiro álbum, “No Tambor, Na Casaca, Na Guitarra”, que bateu o recorde de 55 mil cópias vendidas, fato inédito para o mercado fonográfico capixaba. Mesmo sendo um álbum independente, conseguiu ficar nas listas dos mais vendidos nas lojas do estado. Esse primeiro CD veio, segundo integrantes da banda, com o intuito de fazer uma “releitura'' do congo.
O grande sucesso aconteceu devido a divulgação boca-a-boca feita pelos moradores da região, o que levou rapidamente a banda conseguir emplacar duas faixas deste CD "Sereia'' e "Ondas do Barrão'' como as mais pedidas de várias FMs do Estado, ambas as músicas falam da cultura do Estado. As canções de maior sucesso foram “Da Da Da”, “Anjo Samile”, “Sabrina”, "Sereia" e "Ondas do Barrão" que fala da cultura regional. Com seis CDS lançados (dois deles pelas Sony Music), o grupo passa das 100 mil copias vendidas, e é apontado por muitos como um dos mais inovadores do cenário musical brasileiro.
Fundindo e reciclando elementos rítmicos do congo (manifestação folclórica de origem africana), a banda é conhecida pela impressionante energia que imprime nos shows ao vivo. Com base em instrumentos percurssivos, tendo a frente os tambores do congo, e usando uma forte pegada rock & roll, o Casaca detona uma explosiva mistura sonora de impressionante e contagiante apelo popular.
Seguindo a linha das famosas bandas nacionais, que criam e/ou patrocinam escolas de músicas, como o Rappa, Titãs, Skank, eles dão aulas em uma Oficina de Congo, para alunos de bairros de periferia do Estado, com o objetivo destas crianças criarem um determinado vínculo com a cultura local da Barra do Jucu, um balneário que ainda preserva o estilo rústico das aldeias de pescadores. Ponto de encontro de surfistas, estando localizando entre os a capital Vitória e o balneário de Guarapari, devido a esse estilo ainda rústico atraí muito turistas.
Um dos principais fatores que podem ser levados em consideração para o sucesso da banda nesse balneário é exatamente essa proximidade com a capital e o grande fluxo de turistas que freqüentam o local.

O SOM QUE CONQUISTOU O BRASIL:
Casaca é um instrumento de destaque do congo, parecido com o reco-reco. Só que na música ela também tem um valor muito grande, principalmente para o povo capixaba. Nada mais é do que uma das bandas revelações do cenário cultural nacional e que conta com o swing da guitarra e a marcação de tambores de congo, com pitadas de pop, rock e o reggae. O grupo vem se destacando ao participar de festivais e eventos do Espírito Santo e demais cidades brasileiras. Como suas próprias composições mostram, eles são músicos competentes e capazes, levando cada vez mais longe seu forte som mesclado com o congo. Esses jovens valores, oriundos de Barra do Jucu (no litoral de Vila Velha, Espírito Santo) decidiram se unir e montar uma banda ao assistir e participar de rodas de congo. Até então seria apenas mais uma banda de garotos, mas eles achavam que faltava alguma coisa para diferenciar o som. Dessa forma surgiu a Banda Casaca, com a proposta de fazer algo diferente do que era proposto pelo mercado. A banda tem por objetivo, não só divulgar o congo para o Estado, mas também para todo o Brasil, levando seu ritmo para todas as partes e provando que o congo é versátil, alegre e contagiante, podendo perfeitamente participar de qualquer cultura e em qualquer lugar.
Idolatrado no Espírito Santo, o Casaca percebeu que é possível unir música pop ao congo, ritmo capixaba mais famoso de todos os tempos (trazido para o Brasil pelos africanos). Como o maracatu, o samba, o baião e o frevo, o congo se tornou um ritmo regional sim, mas é extremamente brasileiro. E faz todo mundo dançar: capixaba, carioca, paulista, baiano, gaúcho ou paraense. Com tambores, caixa e – claro – a casaca, no lugar da bateria, o som da banda é bem percussivo. Aos poucos, o Casaca foi se fortalecendo e é uma das gratas surpresas do momento, trazendo um ar renovado para o cenário musical brasileiro. Só pra ter idéia da dimensão da banda, o 1º CD, independente, vendeu mais de 55.000 cópias.
Mas esses garotos não perdem a humildade e continuam buscando um espaço maior nesse mercado concorrido e afetado pela pirataria. Apesar dos obstáculos, eles estão empenhados em mostrar mais um CD que promete empolgar a quem escuta e que já se encontra em fase de produção.
O CD/DVD “CASACA AO VIVO” será lançado em 2014 e o show de lançamento será no dia 23 de maio de 2014, na Prainha, município de Vila Velha. O CD contém 15 faixas, sendo uma canção da banda capixaba Mahnimal, a canção “Tequila Brown”.

O QUE É O CONGO NO ESPÍRITO SANTO:
A história do congo no Espírito Santo se confunde muito com a história do Estado, pois ela foi construída pelas miscigenação das várias etnias que aqui aportaram, como: indígenas, negros, europeus, portugueses, italianos, alemães, pomeranos, austríacos e tantos outros que de alguma forma marcaram a cultura deste Estado.
Nesta diversidade cultural o folclore capixaba consegue ser tão heterogêneo quanto a origem do seu povo. Mas, o congo, nasceu ou melhor surgiu no Estado através dos negros que vinham trabalhar nos engenhos, trazendo consigo seus hábitos é costumes, sento até hoje, uma das mais preservadas tradições culturais do folclore capixaba.
A primeira referência ao congo no Estado é de 1858, conforme registro feito pelo site Estação Capixaba, e ocorreu no livro Deux années eu Brásil, do viajante francês François Biard, que relata o seu encontro com indígenas por ocasião da festa de São Benedito. Mas muitos historiadores preferem afirmar que o ritmo nasceu junto com a necessidade dos negros em poderem adorar seus deuses africanos, juntando isso a adoração aos santos da Igreja Católica. Devido a esse sincretismo ele é considerado ainda hoje um ritmo tradicional do folclore capixaba, sendo tocado em festa religiosas típicas como as de São Benedito, São Pedro, São Sebastião e Nossa Senhora da Penha.
O nome de banda de congos surgiu com a alteração de alguns dos instrumentos primitivos então usados nas festas, com isso o nome guarará, designação dada ao tambor passou a ser chamado de congo ou simplesmente tambor, com isso as bandas passaram a ser conhecidas como Banda de Congos, expressão que segundo os negros lembrava a África.
Mas foi somente em 1951, por ocasião dos festejos comemorativos do IV Centenário da fundação de Vitória, que o ritmo entrou oficialmente nos festejos culturais do Estado, nesta data aconteceu a primeira concentração de Bandas de Congos.
Atualmente as bandas de congo tocam principalmente em festas religiosas. Os integrantes destas bandas são todos pessoas simples, de bairros de periferias, em sua maioria descendentes diretos dos ex-escravos que permaneceram no Estado após a abolição da escravatura, em 1888.
Os instrumentos são todos feitos a mão, com materiais retirados da natureza como paus, peles de animais ou restos de sucatas como ferro torcido e folha-de-flandres. As músicas são velhas e tradicionais toadas, cantadas por homens e mulheres, e suas letras carregam referências a escravidão, aos santos do povo e ao mar.
Atualmente no Estado a maioria está concentrada em bairros litorâneos, como os de Nova Almeida, na Serra e Barra do Jucu, em Vila Velha, e uma das mais conhecidas e a banda "A Amores da Lua'', já tem mais de 50 anos.



CURIOSIDADE:
É da banda CASACA a canção que despertou o robô da Nasa Spirit em Marte em 11 de janeiro de 2004. A canção "Da Da Da" foi parar em Marte por causa de um engenheiro da Nasa que é brasileiro e fã da banda.



GRAVAÇÃO DO DVD AO VIVO DA BANDA CASACA:
A banda Casaca assinou contrato com os produtores Guto Graça Mello e Mario Meireles, ambos da TV Globo, no último sábado (8/6/2013). A parceria foi firmada para a gravação do primeiro DVD do Casaca, que acontece no próximo dia 30 de junho de 2013, na Praça do Papa, em Vitória, com entrada franca.
Segundo Marcinho (baixo), o contato aconteceu por meio de um amigo em comum da banda e do produtor. "Quando pensamos nos nomes de produtores para fazer nosso DVD pensamos em vários nomes. Chegamos à decisão do Guto, por conta da carreira dele, que já trabalha no mercado há 50 anos, com nomes como Roberto Carlos, Maria Betânia, Paulinho da Viola e etc", explica. 
De acordo com o baixista, Guto não conhecia o trabalho da banda, que já foi parar até em Marte. "Marcamos uma reunião, mas ele apenas nos recebeu por conta dessa pessoa em comum. Apresentamos a banda e o projeto do DVD. Ele gostou e topou paticipar".
O objetivo do DVD é contar os 13 anos de Casaca. "O DVD vem pra reunir o que vivemos nesses 13 anos. A gente ainda não fechou o repertório, se irá ter música inédita", conta Marcinho.
A gravação ainda contará com participações especiais. Saulo Fernandes (ex-Banda Eva) já foi fechado e a banda ainda está em negociação com Fernando Anitelli, do Teatro Mágico, e com o cantor Otto, que tocou com o Casaca no último fim de semana na Barra do Jucu. "Conversamos com o Otto nos bastidores e ele falou que gostaria de participar do DVD. Inclusive, ele deu a sugestão de gravarmos a música 'Quem Sabe Deus', de autoria dele".



INTEGRANTES:
Renato Casanova: vocal
Casanova é nascido em família de músicos. Seu pai foi cantor de música sertaneja no interior paulista na época do rádio e seus 2 irmãos mais velhos, também músicos, faziam parte da banda Última Forma.
Renato estreiou sua carreira artística em sua adolescência ,acompanhando seu pai em diversos trabalhos. Depois de uma tentativa frustrada de ser jogador de futebol, integrou a banda Última Forma ao lado de seus dois irmãos. Na época os vocais da banda ficavam por conta de João Fernandes, seu irmão mais velho cabendo a Casanova a responsabilidade de conduzir a espinha dorsal da banda, o baixo. Essa banda obteve bastante visibilidade no Vale do Paraiba, tendo participado de algumas coletâneas e gravado um CD. Com o final da banda em meados dos anos 90, Renato parte para o ES, diretamente na Barra do Jucu, em Vila Velha, onde foi abraçado pelas bandas de CONGO "Cultura do Espírito Santo" e nunca mais saiu, conhecido então como "Renato da casa nova" e mais tarde ficaria conhecido como Renato Casanova. Trabalhou com diversos músicos, até que no fim de 99 foi um dos responsáveis pela formação do CASACA,onde permanece até hoje, como vocalista e principal compositor do grupo.

Márcio Xavier: baixo e vocal
Nascido em Cachoeiro de Itapemirim/ES, conheceu os primeiros acordes na adolescência. Aos 19 anos mudou-se em definitivo para Barra do Jucu, balneário já que frequentava a alguns anos.
Marcinho (como é conhecido) trabalhou com diversos músicos do ES antes mesmo do CASACA, inclusive com Casanova, tendo atuado ao seu lado pelos bares da região metropolitana.
Tchavi (seu outro apelido) também está no CASACA desde seu primeiro ensaio e hoje é quem responde pela produção dos discos do grupo.
Além do CASACA ainda toca com outros artistas como Bloco Bleque e Gustavo Macaco, desde que a agenda atribulada da banda permita, pois esta é sua prioridade.
Militante do movimento independente musical, é um dos diretores da Cooperativa de Música do ES (UNIMUS) e membro do Fórum Nacional de Música, formando em psicologia além de manter seu blog de opinião e promoção cultural.

Flavinho: tambor de repique
Luis Flavio Ribeiro Sutil é a personificação da tradição. Filho e neto de família tradicional do congo barrense, foi criado em meio a rodas de congo. Flavinho integrou a primeira banda mirim fundada na Barra do Jucu. Esteve presente quando Martinho da Vila levou a Banda de Congo da Barra do Jucu para se apresentar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em meio a explosão de Madalena do Jucu, hit radiofônico na voz desse compositor que buscou na tradição folclórica capixaba o elemento que faltava para mais um sucesso na carreira.
Hoje é um dos Guardiões do Mastro de São Benedito da Banda de Congo Tambor  Jacarenema ao lado de Casanova e Dhiego e também é um dos fundadores do CASACA.

Dhiego Valadares: tambor de condução
O mais novo da banda, nosso caçula. Começou na música ainda adolescente. Sua primeira banda, a Restinga, era totalmente influenciada pelo CASACA.
Ele é nosso casaqueiro, percussionista e o que mais precisar dele. É nativo da Barra do Jucu e de família tradicional do congo. Também é um dos Guardiães do Mastro de São Benedito da banda de congo Tambor Jacarenema.


Piriquito: casaca e caixa
Nativo da Barra do Jucu, Piriquito fez parte da primeira banda de congo mirim do Espírito Santo. Antes de seguir na musica catava sururu no mangue e ao mesmo tempo tinha uma gráfica. Um dos fundadores do Casaca, cujo nome foi escolhido por ele, Piriquito transborda alegria por onde passa. Ficou afastado por cinco anos, envolvidos em outros projetos musicais, agora volta com muita energia para assumir seu lugar e deixar completa a família Casaca. 







COMPONENTES DA FORMAÇÃO ORIGINAL:
Renato Casanova: vocal
Marcinho (Márcio Xavier): baixo e vocal
Jura Fernandes: guitarra e vocal
Piriquito: caixa e casaca
Flavinho: tambor de repique
Vinícius Gaudio: tambor de repique e casaca
Jean: tambor de condução
Thiago Grillo: caixa e tambor de repique
Augusto Galvêas: teclado






DISCOGRAFIA:
(2001) NO TAMBOR NA CASACA NA GUITARRA
1. Congada
2. Camarada
3. Da Da Da
4. Voz De Buchecha
5. Morro Da Concha
6. Anjo Samile
7. Sabrina
8. Luau
9. Ondas Do Barrão
10. Luau
11. Congo Reggae
12. Sereia
13. Leva Um Picole
14. Garças De Jacarenemá
15. Ligado
16. Congada
17. Barra



(2002) CASACA
1. Da Da Da
2. Noite Fria
3. Sereia
4. Vida de Salário
5. Anjo Samile
6. Marina
7. Meu Santo Antônio
8. Sabrina
9. Batuquerio
10. Minha Terra
11. Alagados
12. Barquinho



(2003) ILHA
1. Ilha
2. Garças de Jacarenema (acústico)
3. Barra (acústico)
4. Vida de Salário (remix rádio edit)
5. Vida de Salário (remix full)
6. Entrevista com a banda Casaca






(2004) NA ESTRADA
1. Linda Estação
2. Flores Azuis
3. Vidraça
4. Velha Estrada
5. Esperança
6. Meu Amanhã
7. Verdade
8. Maranhão
9. Perdão
10. Agradecimento
11. Ser Maior
12. O Circo



(2007) CASACA
1. Quanto Mais
2. O Seu Novo Mundo
3. Terra Prometida
4. Rainha do Congo
5. Corpo e Alma
6. Amanhã




(2010) TEMPO
1- Natureza
2 - Mig
3 - Magia
4 - Tempo
5 - Ananda
6 - Pra Ela
7 - Estou Indo
8 - João
http://www.4shared.com/folder/eITr955A/2009_-_Tempo.html





(2014) CASACA AO VIVO
01 - Da Da Da (Renato Casanova)
02 - Barra (Renato Casanova)
03 - Morro da Concha (Renato Casanova)
04 - Vida de Salário (Renato Casanova e Jura Fernandes)
05 - Tequila Brown (Alexandre Lima/Amaro Lima/Fabio Carvalho/Queiroz)
06 - Sereia (Renato Casanova / FEAT: Saulo)
07 - Anjo Samile (Renato Casanova)
08 - Meu Santo Antônio (domínio público)
09 - Verdade (Renato Casanova)
10 - Sabrina (Renato Casanova)
11 - Esperança (Renato Casanova)
12 - Marina (Renato Casanova/Alexandre Lima/Jura Fernandes)
13 - Ligado (Renato Casanova)
14 - Barquinho (Rodrigo Preto)
15 - Ondas do Barrão (Renato Casanova)




VIDEOGRAFIA:
(2014) CASACA AO VIVO















CLIPES:






VÍDEOS:














INTERNET:













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