quarta-feira, 14 de agosto de 2013

RONALDO ROSSMAN

Rossman nasceu na localidade de Córrego do Jeremias, no distrito colatinense de Baunília. “Foi lá, no Córrego Jeremias, que cresci ouvindo canções sertanejas de raiz, como de Tonico e Tinoco e Tião Carreiro e Pardinho, além de cantigas folclóricas de reis, que até hoje exercem influências em minhas produções”, contou.
Mudando-se para Rio Marinho, em Vila Velha, Rossman começou a se dedicar ao violão. Estudou teoria musical, mas foi na prática, em bandas, onde desenvolveu o seu dom musical. Também trabalhou no teatro, musicando várias peças, com trilhas sonoras de sua criação.
Ronaldo Rossman também fez cursos intensivos de lutheria. Conhece vários gêneros da música brasileira e estrangeira, bem como outras manifestações como o congo, o ticumbi, o caxambu, o bate-flexa, os cantos indígenas entre outros ritmos presentes na nossa cultura musical brasileira.
O cantor foi sócio fundador da Banda Parafolclórica de Congo Banda II, formada por alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com o objetivo de pesquisar e difundir o congo dentro e fora dos guetos. Também é sócio fundador e músico da Banda Mahnimal (modernidade com cultura popular), responsável pela fusão do congo com o rock, dando origem ao ritmo denominado de "Rockongo" no ano de 1995.
Da ponta de trás do palco, o percussionista Ronaldo Rossman nunca teve muitas chances de cantar as músicas do Mahnimal. Nascida na década de 90, a banda capixaba de “rockongo” tinha como vozes principais os irmãos Alexandre e Amaro Lima. Para Rossman, sobrava o backing vocal.
Ao longo desses anos atuou como ator, músico e compositor, criando músicas para trilhas sonoras de peças de teatro, além de estar presente, em diversos eventos culturais dentro Espírito Santo, em outros estados brasileiros e também no continente europeu, fazendo shows com a Banda Mahnimal em Portugal, França, Andorras, Bélgica, Espanha, Alemanha, Itália, Inglaterra e Holanda.
Para “Bicho do Mato”, o repertório de Rossman foi enriquecido durante cinco anos. O disco surgiu de partes gravadas entre alguns intervalos, uma vez que Rossman ainda estava na ativa com o Mahnimal. A composição também sofreu fraturas devido a perda de familiares do músico.
Neste seu primeiro CD solo, Rossman apresenta, em 14 faixas, uma coletânea de músicas com o estilo que ele classifica como pop rock rural. Para o lançamento, o artista preparou um show especial, com a presença de vários músicos.
Pela óbvia proximidade com o trabalho do Mahnimal, o “pop rock rural” de “Bicho do Mato” carrega muito do som da antiga banda. O compositor, inclusive, vai cantar três músicas da banda no show de lançamento. “É uma relação que precisa ser lembrada”.
As músicas de trabalho são “Verde”, uma reflexão sobre a relação do homem com a natureza, e “Bicho do Mato”, que é, segundo ele, “uma trilogia de infância”.
“Sempre tive muito contato com músicas afro, latina, europeia. Fora a identificação com compositores brasileiros, como Lenine e Hermeto Pascoal”, diz Rossman. Além da natural influência da música, o compositor imprime elementos da natureza e do folclore no discurso das canções. A convivência com a festa de Folia de Reis – sua mãe era cantora –, por exemplo, levou Rossman a buscar outras referências culturais. “Gosto de misturar. Trabalho com temas de música indígena, sertanejo raiz e influências pop”.



DISCOGRAFIA:
(2013) BICHO DO MATO
01-Bicho do Mato
02-Verde
03-Congo na Pororoca
04-Vento Sul
05-Seja Aonde Para
06-Iansã
07-Shindo Acústico
08-
09-
10-
11-
12-
13-
14-



SITES:


Cartaz de lançamento do CD "Bicho do Mato", de 2013

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