Rossman
nasceu na localidade de Córrego do Jeremias, no distrito colatinense de
Baunília. “Foi lá, no Córrego Jeremias, que cresci ouvindo canções sertanejas
de raiz, como de Tonico e Tinoco e Tião Carreiro e Pardinho, além de cantigas
folclóricas de reis, que até hoje exercem influências em minhas produções”,
contou.
Mudando-se
para Rio Marinho, em Vila Velha, Rossman começou a se dedicar ao violão.
Estudou teoria musical, mas foi na prática, em bandas, onde desenvolveu o seu
dom musical. Também trabalhou no teatro, musicando várias peças, com trilhas
sonoras de sua criação.
Ronaldo
Rossman também fez cursos intensivos de lutheria. Conhece vários gêneros da
música brasileira e estrangeira, bem como outras manifestações como o congo, o
ticumbi, o caxambu, o bate-flexa, os cantos indígenas entre outros ritmos
presentes na nossa cultura musical brasileira.
O
cantor foi sócio fundador da Banda Parafolclórica de Congo Banda II, formada
por alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com o objetivo de
pesquisar e difundir o congo dentro e fora dos guetos. Também é sócio fundador
e músico da Banda Mahnimal (modernidade com cultura popular), responsável pela
fusão do congo com o rock, dando origem ao ritmo denominado de
"Rockongo" no ano de 1995.
Da
ponta de trás do palco, o percussionista Ronaldo Rossman nunca teve muitas
chances de cantar as músicas do Mahnimal. Nascida na década de 90, a banda
capixaba de “rockongo” tinha como vozes principais os irmãos Alexandre e Amaro
Lima. Para Rossman, sobrava o backing vocal.
Ao
longo desses anos atuou como ator, músico e compositor, criando músicas para
trilhas sonoras de peças de teatro, além de estar presente, em diversos eventos
culturais dentro Espírito Santo, em outros estados brasileiros e também no
continente europeu, fazendo shows com a Banda Mahnimal em Portugal, França,
Andorras, Bélgica, Espanha, Alemanha, Itália, Inglaterra e Holanda.
Para
“Bicho do Mato”, o repertório de Rossman foi enriquecido durante cinco anos. O
disco surgiu de partes gravadas entre alguns intervalos, uma vez que Rossman
ainda estava na ativa com o Mahnimal. A composição também sofreu fraturas
devido a perda de familiares do músico.
Neste
seu primeiro CD solo, Rossman apresenta, em 14 faixas, uma coletânea de músicas
com o estilo que ele classifica como pop rock rural. Para o lançamento, o
artista preparou um show especial, com a presença de vários músicos.
Pela
óbvia proximidade com o trabalho do Mahnimal, o “pop rock rural” de “Bicho do
Mato” carrega muito do som da antiga banda. O compositor, inclusive, vai cantar
três músicas da banda no show de lançamento. “É uma relação que precisa ser
lembrada”.
As
músicas de trabalho são “Verde”, uma reflexão sobre a relação do homem com a
natureza, e “Bicho do Mato”, que é, segundo ele, “uma trilogia de infância”.
“Sempre
tive muito contato com músicas afro, latina, europeia. Fora a identificação com
compositores brasileiros, como Lenine e Hermeto Pascoal”, diz Rossman. Além da
natural influência da música, o compositor imprime elementos da natureza e do
folclore no discurso das canções. A convivência com a festa de Folia de Reis –
sua mãe era cantora –, por exemplo, levou Rossman a buscar outras referências
culturais. “Gosto de misturar. Trabalho com temas de música indígena, sertanejo
raiz e influências pop”.
DISCOGRAFIA:
(2013)
BICHO DO MATO
01-Bicho
do Mato
02-Verde
03-Congo
na Pororoca
04-Vento
Sul
05-Seja
Aonde Para
06-Iansã
07-Shindo
Acústico
08-
09-
10-
11-
12-
13-
14-
SITES:
Cartaz de lançamento do CD "Bicho do Mato", de 2013 |
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