A banda de congo Panela de Barro foi fundada, em 1938, com o nome de Banda de Congo de Goiabeiras. Na década de 1980, passou a ser coordenada por Arnaldo Gomes Ribeiro, proprietário da fábrica de panelas de barro em Goiabeiras. Daí veio o nome banda de congo, que tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura.
Em 2001, a banda foi revitalizada pela historiadora Jamilda Alves Rodrigues Bento, nascida em Goiabeiras e filha de paneleiras. A tradição popular da banda refere-se às festas para São Benedito, e em alguns locais também a São Sebastião, São Pedro e Nossa Senhora da Penha.
As manifestações religiosas variam de acordo com a região. A celebração tem características próprias em cada local, mas está sempre associada a um naufrágio ocorrido no litoral capixaba, quando um grupo de escravos se salvou agarrado a um mastro que tinha uma imagem de São Benedito.
A partir daí, as comunidades de negros do litoral do Estado passaram a erguer um mastro todos os anos em agradecimento ao milagre. As festas são sempre acompanhadas de dezenas de músicas tradicionais das bandas de congo.
Em 2011, pela primeira vez em mais de 14 anos de edição, um grupo do Espírito Santo vai circular pelo Brasil, com o apoio do Sesc, através do projeto Sonora Brasil. A banda de congo Panela de Barro foi selecionada por uma curadoria do Sesc Nacional para representar o Estado em uma turnê pelo Brasil, mostrando um trabalho que resgata a tradição popular. O grupo que parte em turnê é formado por seis devotos: as cantadeiras Ruth Victor, Teresa Barbosa, Emília Ferreira e Maria Conceição, que se apresentam com o mestre Valdemiro Sales e o percussionista Marcos Pereira.
Tradicionalmente o conjunto é formado por 10 a 30 pessoas. Só os homens tocam os instrumentos. As mulheres representam as Rainhas, trajam vestidos longos, nas cores azul ou branco, com enfeites, e levam à frente o estandarte com o Santo de louvor, São Benedito, São Sebastião, São Pedro, Nossa Senhora do Rosário. Uma das antigas festas realizadas pela Irmandade dos Pretos do Rosário e São Benedito no centro de Vitória, eram os Bailes de Congo, representados no adro da Igreja do Rosário, por doze meninas vestidas e enfeitadas e uma gorda matrona.
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